Arquivo do dia: 6 de outubro de 2011

Afeto previne obesidade infantil

Estudo norte-americano revela que crianças com uma relação segura com os pais têm menos risco de serem obesas.

Sabe aquele colo que você dá ao seu filho quando ele chora sentido porque ficou com medo de alguma coisa? Você pode nem imaginar o bem que está fazendo não só para o emocional dele, como também para a saúde física. Um estudo, publicado noArchives of Pediatrics & Adolescent Medicine, sugere que crianças que não têm um relacionamento seguro com seus pais – em especial com as mães, têm mais risco de se tornarem obesas.

Os pesquisadores das Universidades de Ohio e Temple, dos Estados Unidos, avaliaram a interação de mais de 6 mil crianças, aos 2 anos e 4 anos e meio, com seus pais e concluíram que aquelas que interagiam mais com eles (como procurar por um abraço) e eram confortadas em situações estressantes tinham risco de obesidade em torno de 16,6% contra 23,1% daquelas que não tinham uma relação segura.

Segundo Sarah Anderson, professora da Universidade de Ohio e principal autora do estudo, a obesidade pode ser também uma manifestação de desregulação de áreas do cérebro que controlam as respostas ao estresse. Essas mesmas áreas, segundo ela, controlam o ciclo de sono/vigília, fome e sede, e uma variedade de processos metabólicos, principalmente por meio da regulação de hormônios.

Para Rita Calegari, psicóloga do Hospital São Camilo (SP), a primeira forma de a criança entrar em contato com o mundo é pela boca – seja para receber alimentação, para chorar ou o prazer em conhecer objetos. É por isso que esse comportamento, de encontrar prazer por meio da boca, se estende depois na vida adulta. Quantas vezes quando estamos inseguros, carentes, desamparados, não procuramos conforto em um pedaço de chocolate? “Quando a criança busca e recebe conforto por meio do abraço, da sua atenção, do aconchego, você está oferecendo a ela mais uma opção – além de comer, o que vai ser sempre forte – para lidar com aquele momento”, diz Rita. E esse aprendizado – de saber que pode contar com você – ela vai carregar para o resto de sua vida, sem ter a comida como única forma de aliviar uma frustração.

Agora, se você vive com medo da medida entre afeto e mimo, a especialista alerta. “Às vezes, ficamos tão preocupados em não mimar, como se dar atenção fosse um excesso, que corremos o risco de criar uma criança carente”, diz Rita. E tem horas que tudo o que seu filho quer é ficar no aconchego do seu colo, mesmo que não esteja com dor, fome ou medo.

Fonte: Crescer

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Debatedores defendem aprovação da lei que proíbe castigos corporais em crianças

Mais de 30 países no mundo já adotaram ou estão em vias de adotar uma lei que
proíbe o castigo corporal contra crianças e adolescentes. Chamada de “Lei da Palmada”, um projeto em análise na Câmara (PL 7672/10) busca, na verdade, corrigir um quadro apontado por profissionais de saúde e educadores que convivem com crianças vitimadas e por pesquisa da Secretaria de Direitos Humanos: 70% dos meninos de rua saíram de casa por causa da violência.

Em audiência pública da comissão especial que analisa a proibição do castigo corporal, a representante da Associação dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, Perla Ribeiro, explicou que o Brasil já tem uma legislação que veda o castigo corporal para crianças e adolescentes.

Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal e a Convenção Internacional dos Direitos da Criança já preveem o dever de proteção contra a violência física e psicológica. Porém, Perla Ribeiro explicou que não há nada que explicite o que é castigo corporal. Ela observou que o Código Civil permite ‘castigos moderados’, mas não há qualquer parâmetro para saber o que seria isso.

Conscientização da sociedade
Além de destacar a importância de proibir o castigo corporal de qualquer forma, Perla Ribeiro destacou o papel da nova lei de conscientizar a sociedade e mudar a cultura de educar pela dor. Ela questionou por que a sociedade não aceita mais a violência contra nenhum grupo social, mas aceita a violência contra crianças cometida dentro de casa. Perla afirmou que a lei não tem a pretensão de invadir a autoridade das famílias ou o poder dos pais de educar seus filhos, mas sim de propor o fim do que hoje já seria uma aberração.

“Ela não traz um caráter meramente punitivo. Até porque para isso nós já temos previsões legais”, ressaltou Perla. “Mas ela traz uma concepção de conscientização. Ela é uma legislação que traz mesmo uma mudança de cultura de paradigma para o Brasil.”

Políticas públicas
A relatora da proposta, deputada Teresa Surita (PMDB-RR), reforça que a intenção não é entrar na vida das famílias, mas propor uma política de conscientização do problema e também para a elaboração de políticas públicas que possam atender adequadamente as vítimas da violência.

“Nós temos milhares de crianças que chegam em pronto-socorro, que chegam em hospitais, que foram agredidas dentro de casa, que foram agredidas por um adulto e que não têm o acompanhamento desse atendimento e como tratar essa situação”, destaca a parlamentar.

A presidente da comissão especial, deputada Erika Kokay (PT-DF), adverte que é preciso não minimizar a gravidade da simples palmada. Ela afirmou que o princípio é de que educação é convencimento, e a palmada segue o princípio de educar pela dor.

A Comissão vai realizar audiência pública dia 14, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e dia 18, com especialistas, na Câmara dos Deputados. O prazo final para a apresentação do parecer é dia 29 de novembro.

Fonte: Agência Câmara

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Comissão aprova benefício para idoso carente com mais de 100 anos

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou nesta quarta-feira (5) o Projeto de Lei 4400/08, do Senado, que concede dois salários mínimos mensalmente ao idoso carente a partir dos cem anos de idade.

A proposta altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), que já assegura um salário mínimo mensal aos idosos que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, a partir dos 65 anos. Se a proposta for aprovada, idosos carentes com idade entre 65 e 99 anos receberão um salário, e os que tiverem cem ou mais anos, dois salários.

O relator, deputado José Linhares (PP-CE), foi favorável à proposta. Segundo ele, a medida trará aumento não considerável aos gastos públicos e “conferirá mais dignidade aos cidadãos que alcançarem uma idade que apenas diminuta parcela da população brasileira consegue atingir”.

O deputado lembra que, no estágio final da vida, como consequência natural do envelhecimento, aumentam as despesas com cuidados e serviços de saúde.

A proposta determina ainda a inclusão, no projeto de lei orçamentária (LOA), da estimativa da renúncia fiscal decorrente da medida. Essa inclusão deverá ser feita, pela primeira vez, 60 dias após a publicação da nova lei.

Tramitação
O projeto, de caráter conclusivo, será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Fonte: Agência Câmara

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Reprodução Assistida: Doação livre de sêmen

Nos Estados Unidos, homens oferecem, por meio de sites e fóruns, doação de sêmen livremente, entregue onde a pessoa quiser. Com custo zero, há casais que encontram aí um caminho barato para conseguir ter um filho. Mas qual é o preço que esse tipo de atitude pode trazer?

O casal americano Beth Gardner e Nicole Gardner estava há meses procurando ajuda para ter um filho. Procuraram, como ponto de partida, por um doador de sêmen em bancos, que traz detalhes como religião, ascendência e até mesmo a semelhança que ele tem com alguma celebridade. No entanto, o preço, cerca de US$ 2 mil, e o fato de os doadores serem anônimos (sim, o casal queria que o futuro filho tivesse a possibilidade de conhecer seu “pai”) as fizeram desistir desse caminho para engravidar. Foi então que decidiram buscar na internet as palavras “free sperm donor” (algo como doador de sêmen livre).

A partir daí, um mundo novo se abriu à frente de Beth e Nicole, cuja história foi contada à revista Newsweek. Anúncios pessoais, fóruns e sites traziam homens dispostos a doarem seu sêmen a quem precisava, bem como revelar sua identidade para futuro contato com a criança. Também garantiam ser saudáveis. Depois de escolher o que achavam ser o melhor doador, partiram para a inseminação artificial (e improvisado) com sêmen fresco. Em uma loja da Starbucks, o doador ejaculou em um “pote de látex” (uma espécie de diafragma) e entregou a Nicole, que entrou no banheiro e o introduziu no fundo da vagina, procedimento chamado de inseminação intracervical.

Apesar de a gravidez não ter acontecido, Beth criou um portal em janeiro deste ano na internet chamado Free Sperm Donor Registry (FSDR – algo como Registro de Doadores de Esperma Livre). As mulheres são listadas como beneficiárias e os homens como doadores. Com 2 mil membros, incluindo cerca de 400 doadores, o primeiro nascimento por meio do site deve acontecer em breve.

E o que move esse tipo de atitude por parte dos homens? Altruísmo e a vontade de perpetuar seus genes estão entre eles. Só que o risco de um procedimento sem nenhum controle é enorme. No Brasil, a comercialização de células humanas é proibida. Mas, ao procurar um banco de sêmen, o casal também tem um custo. “Nele está embutido a garantia do anonimato do doador e a segurança de ter um material saudável”, diz Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. E o especialista enfatiza: “Esse tipo de situação [da doação livre de sêmen] é um ato comportamental totalmente irresponsável, que traz os mesmos riscos de uma relação sexual desprotegida – algo condenável nos dias de hoje”.

Fonte: Crescer

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